Atriz recorda a infância em Petrópolis, exalta o patrimônio natural e defende mais investimento das autoridades na cultura e no turismo da cidade.
Em sua casa, em Corrêas, onde a atriz volta às suas origens e relembra a infância
FONTE: O GLOBO
Da menina tímida que fugia das fotos à mulher que brilha nas passarelas e diante das câmeras de TV. Esse é o resumo da história da atriz e apresentadora Fiorella Mattheis. A petropolitana revela que, aos 14 anos, fez o seu primeiro book, “sob pressão”, já que todos ressaltavam o quanto é fotogênica. Dali para São Paulo, aos 15, foi um pulo. Atuando como modelo, ela teve oportunidade de morar fora e conhecer outros lugares, como Europa e Japão. Logo surgiu a chance de fazer cursos de interpretação, nos quais descobriu sua vocação. Começou a carreira de sucesso como apresentadora de um programa no Sport TV e no “Vídeo show”, da Rede Globo, logo passando a integrar o elenco da novelinha “Malhação” até chegar a “Fina estampa”.
Definindo-se como uma andarilha, Fiorella se orgulha de sua origem. Quando fala de Petrópolis, o olhar se ilumina, e as lembranças são inevitáveis.
— Caminhar pela cidade é um resgaste de momentos maravilhosos. Na catedral, eu fui batizada, e a minha avó, já falecida, morava em frente. Quando eu dormia lá, o sino era o meu despertador. Nos jardins do Museu Imperial, eu até matava aulas, pois o colégio ficava ao lado — recorda, rindo.
A moça, de ascendência alemã e italiana, também se anima ao falar de sua carreira. Destaca em sua trajetória os dois anos que passou à frente do “Vídeo show” e a sua participação na recém-terminada “Fina estampa”.
— No “Vídeo show”, eu me descobri, verdadeiramente, como apresentadora. Pude conviver com pessoas inteligentes e que já tinham uma longa estrada na TV. Aprendi muito. “Fina estampa” foi uma delícia, já que há dois anos não trabalhava como atriz na TV. Porém, tenho muito carinho por todos os meus trabalhos. Todos me ensinaram muito — acrescenta a atriz, que, no momento, trabalha no projeto de um novo programa no GNT.
E como foi para uma menina do interior cair no mundo e enfrentar uma carreira de altos e baixos, como é a artística? Tirou de letra:
— Nunca tive medo de me arriscar. Ao contrário. A minha realização profissional é o meu estímulo. Sempre gostei de viajar e conhecer novas culturas. Acho que herdei isso do meu pai.
O pai de Fiorella é Andreas Mattheis, que, além de piloto, é chefe de equipe na Stock Car. O gosto por cair no mundo foi uma das heranças; a outra é a paixão pelos carros.
— A maioria das minhas amigas não entende nada de automóveis. Eu gosto de saber quais são os modelos novos, os melhores... Sempre estou na torcida das corridas — afirma ela.
Visitar a família é uma das razões que fazem a jovem, de 24 anos, voltar com frequência à cidade natal.
— Para mim, isso é qualidade de vida: estar com meus pais, meus cachorros e meus amigos.
A atriz lembra a tranquilidade de sua infância na Cidade Imperial e lamenta não poder oferecer o mesmo aos filhos que pretende ter.
— Eu vivia de uma forma maravilhosa aqui. A liberdade era imensa. Podia ir a todos os lugares a pé e, desde bem pequena, não tinha problema em sair sozinha para os lugares. A segurança de viver e crescer em Petrópolis é sensacional.
Fiorella exalta também a beleza do patrimônio material e natural do município, porém, a loura de olhos azuis preocupa-se com a falta de cuidado com a região:
— Petrópolis tem uma história superimportante para o país, é a úncia cidade imperial da América Latina e não pode sofrer com a omissão. Apesar de bem conservada, acho que falta um investimento maior no turismo e na cultura daqui. Acredito que eu, por ser uma figura pública, atualmente, tenho o dever de chamar atenção para isso e tentar tornar a minha cidade ainda mais rica.
FONTE: O GLOBO
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